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1 Do Lazareto ao Cepene
2 Pavilhão da Administração
3 Pavilhão de Serviços Gerais
4 Desinfectório
5 Prédios das Caixas d'Água
6 Patronato João Coimbra
7 Escola de Pesca de Tamandaré - EPT
8 Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
9 CEPENE - Centro de Pesquisa e Extensão Pesqueira do Nordeste
10 Casarios
>> Fontes / Créditos <<

Veja também:

HISTÓRIA

MAR DE CORAIS



1 - Do Lazareto ao Cepene

      Escolhido o local, o General Souza Aguiar, com muita tenacidade, deu início as obras do Lazareto provisório, contando com o auxílio do Major Rodolfo de Morais Coutinho e dos Capitães J. da Cunha Pires e Eurico de Oliveira. A conservação das obras ficou sob o comando do Dr. Cunha Lima, em seguida do Dr. Carneiro da Cunha, e posteriormente, até a finalização das instalações, do Dr. Graciliano Martins Filho auxiliado pelo Dr. Eugênio Gaudie Loy, que além de concluírem as edificações, construíram algumas outras. Os prédios ficavam à pouca distância do mar e as construções mais afastadas eram utilizadas para tratamento dos pacientes de 1a e 3a classe.
A área escolhida ficava próximo ao Porto de Tamandaré e compreendia desde a Ponte de Tamandaré até a propriedade conhecida como Siqueira, era recoberta de vegetação nativa de restinga. Os navios que vinham do exterior, atracavam no Porto de Tamandaré, onde os imigrantes sofriam uma triagem, aqueles considerados saudáveis eram liberados e os suspeitos de portarem doenças infecto-contagiosas e epidêmicas eram abrigados no hospital de isolamento do Lazareto. Por muitas vezes, os navios ficaram de quarentena na baía de Tamandaré por transportarem pessoas doentes.
Concluídas as obras no final do século XIX, teve como primeiro diretor o médico Dr. Samuel Hardman Cavalcanti de Albuquerque. Estima-se que o Lazareto tenha funcionado mais ativamente entre 1900 e 1915, a partir desse momento suas instalações ficaram ociosas, com a decadência do Porto de Tamandaré não haviam mais imigrantes chegando nos navios para serem atendidos. Com o fechamento do Lazareto, o Governo Federal autorizou a venda de máquinas e utensílios caríssimos importados da Europa por preços irrisórios.
O Conjunto Arquitetônico, que compunha o Lazareto, era formado por sete prédios, três caixas d'água e um extenso barracão de madeira, além de um moinho de vento, com destaque para o pavilhão da administração em estilo gótico.
O Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, descreve em seu livro "O Rio Formoso" de 1955, vários detalhes dos prédios construídos para atender ao Lazareto e como funcionavam.


Foto panorâmica do Lazareto (1920)

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2 - Pavilhão da Administração

      Conhecido como Palacete da Administração, por possuir beleza digna de construções européias. Era ligado a cidade de Rio Formoso por uma estação telefônica. Construído em tijolos maci-ços de barro, sua cobertura era de telhas francesas.
Localizava-se voltado para o mar, defronte ao pavilhão de serviços gerais (atual Museu do Revizee). Composto de área central mais alta, com 2 pavimentos, 2 laterais e uma escada trabalhada en-tre os dois pavimentos, além de torre central em alvenaria, belíssi-ma e coroada por esplendorosa lanterna, ostentava ainda um relógio malacofe, com aprox. 4m de altura, que sinalizava dando desde as horas até os quartos de horas, podendo ser ouvido até o engenho Brejo. Do alto dessa torre enxergava-se Tamandaré quase toda até o Engenho Brejo. Próximo ao telhado de suas laterais existiam venezianas que serviam para iluminar e ventilar seu ambiente.
Na lateral direita do pavilhão de administração funcionava o almoxarifado e na lateral esquerda o correio e o telégrafo. Na parte posterior, destacava-se o torreão onde foram instalados os banheiros, lavatórios e sanitários.



Pavilhão da Administração do Lazareto (1920)
Em 1967, esta construção se encontrava abandonada e em péssimo estado de conservação, então foi demolida. Restaram apenas ruínas de sua fundação com dois metros de profundidade, que foi posteriormente arrancada durante a administração do CEPENE.



Ruínas do Pavilhão da Administração do Lazareto (Época da EPT)

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3 - Pavilhão de Serviços Gerais

      Construído em alvenaria, sua cobertura era de telhas francesas, seu interior era forrado e assoalhado, exceto em seus extremos, onde o piso era de mosaico, com madeiramento oleado, próximo ao telhado existiam venezianas que serviam para iluminar e ventilar o ambiente. Localizava-se do lado esquerdo do Pavilhão de Primeira Classe e defronte ao Pavilhão de Administração, atualmente em seu local funciona o Museu do Revizee.
Em sua área central funcionavam a residência dos empregados, os refeitórios, a cozinha, os banheiros e os lavatórios. Na sua dependência, mais próxima ao Pavilhão de Primeira Classe, funcionou desde 1900 a primeira padaria de Tamandaré, que atendia apenas o hospital, composta por dois fornos ingleses importados do fabricante Backer, um motor a óleo de 4 cavalos e uma poderosa máquina para amassar farinha, com capacidade de 180 Kg, que ficava em um de seus extremos, além de um guincho preso ao telhado para transportar a farinha para mistura. Somente em 1910 se construiu uma padaria em frente a atual Praça Padre Cícero, para atender a comunidade. Em outra dependência estavam instalados um dínamo e um motor de 20 cavalos, as máquinas funcionavam regularmente.


Pavilhão de Serviços Gerais (1920)



Dependências da Padaria do Lazareto em funcionamento (Época da EPT)







Museu do Revizee (2002)

A dependência da antiga padaria do Lazareto, atual Museu do Revizee, está com sua cobertura destruída, aguardando verbas para a compra dos materiais de sua reforma, que encontra-se em andamento (2002). Atualmente (2008) a área encontra-se em estado de abandono.

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4 - Desinfectório

      Construído em alvenaria, sua cobertura era de zinco, na sua parte superior existia um vigamento de ferro, era dividido em moradias que serviam aos empregados. Em seu interior eram separados os viajantes infectados dos sadios. O Serviço de Desinfecção contava com dois pulverizadores e três estufas Genester e Herschell. Localizava-se ao lado do hospital de isolamento, funciona atualmente como Carpintaria Náutica e setor de serviços gerais do CEPENE.
Devido sua proximidade com o porto, acredita-se que era passagem obrigatória das pessoas que desembarcavam e dali eram transferidas, após a triagem, para as demais dependências do Lazareto.


Prédio da Carpintaria Náutica (2002)


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5 - Prédios das Caixas d'Água

      Construídos em alvenaria, suas coberturas eram de telhas francesas. O reservatório menor foi construído próximo a ponte, para fornecer água aos navios em quarentena foi demolido.
O reservatório maior que fornecia água aos prédios do Lazareto foi construído próximo ao desinfectório (atual carpintaria náutica do CEPENE), sua parte superior funciona até os dias atuais e sua parte inferior é utilizada como depósito de materiais náuticos.
Um terceiro reservatório foi construído por trás do Pavilhão de Serviços Gerais (atual Museu do Revizze) para também fornecer água ao Lazareto, sua parte inferior serviu de cafua (prisão para escravos). Atualmente encontra-se abandonado e sua cobertura destruída.


Prédio da Caixa d'Água atrás do Pavilhão de Serviços Gerais (1920)



Prédio da Caixa d'Água atrás do Museu do Revizee (2002)


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6 - Patronato João Coimbra

      No início de 1920, o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio solicitou a Marinha que cedesse as dependências do Lazareto, para abrigar um centro de correção educacional para crianças e jovens do estado de Pernambuco. Em 1923 esta solicitaçào foi atendida e foram realizadas as obras de reformas.
O Patronato Agrícola João Coimbra foi criado através do Decreto no 16.105 de 21/06/1923 e inaugurado em 05 de dezembro de 1924 às 16:00 hs, em sessão solene da qual fizeram parte o secretário de agricultura do Estado de Pernambuco. Dr. Samuel Hardman, representando o governador do Estado e outras autori-dades, além do Dr. Estácio Coimbra vice-Presidente da República que presidiu a sessão, em homenagem a seu pai João Coimbra, político da região, que muito lutou para que este educan-dário fosse construído, por essa razão o Patronato recebeu seu nome.
O Patronato recebeu crianças do agreste, sertão, zona da mata e capital, que eram indicadas por pessoas influentes na sociedade. Os alunos recebiam gratuitamente, uniformes, material escolar e alimentação. O educandário funcionava também como escola de correção, onde eram aplicados castigos físicos e serviços forçados, como por exemplo: prisão na “cafua” que se localizava abaixo do prédio da caixa d'água do Lazareto.
No Patronato a educação escolar compreendia desde a alfa-betização até a admissão, também era transmitido aos alunos ensi-namentos de agricultura, quando se plantavam coqueiros, posterior-mente essas aulas práticas foram transferidas para a propriedade de Saltinho, que foi comprada para esta finalidade e onde desenvolveram hortas, cujos produtos eles consumiam e vendiam para as comunidades vizinhas. Eram também oferecidos cursos complementares de alfaiataria, sapataria, carpintaria e música.
O Patronato Agrícola João Coimbra ficou instalado por 17 anos em Tamandaré e durante seu funcionamento neste local passou por quatro diretores: O primeiro direitor do Patronato foi Dr. Carlos de Albuquerque Bello, o segundo Dr. Montenegro, o terceiro Dr. João Pitangui Albano e finalmente o quarto Dr. Valdemar Mendes da Costa, que foi o último direotr do Patronato em Tamandaré e o primeiro ao ser transferido para a Fazenda Sapé, em Barreiros.
A transferência para Barreiros ocorreu entre 1938 e 1940 e as obras foram concretizadas em março de 1941.

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7 - Escola de Pesca de Tamandaré - EPT

      Criada em 1953 e inaugurada em 07 de setembro de 1954. Possuía uma área de 23 Hectares e capacidade para abrigar 300 alunos internos. Sua finalidade era de preparar mão-de-obra especializada para a pesca. Fazia parte inicialmente da Divisão de Caça e Pesca do Ministério da Agricultura, e posteriormente foi anexada a SUDEPE (Superintendência do Desenvolvimento de Pesca). Ofereceu no seu primeiro período, o Curso de Pescador Profissional, entre 1954 e 1967, com duração de 2 anos, teve como primeiro diretor Oscar de Aguiar Rosas e segundo diretor Francisco Alfredo Correa de Oliveira, que geraram o segundo período. No primeiro período foram formados 321 alunos distribuídos em 9 turmas.
Em seu segundo período, entre 1967 e 1973, ofereceu além do Curso de Pescador Profissional, que formou 385 alunos, distribuídos em 6 turmas, os Cursos de Patrão de Pesca Regional e Patrão de Pesca Costeira, além do Curso de Motorista de Pesca. A EPT formou um total de 1287 alunos, durante sua existência.
Durante os cursos os alunos recebiam gratuitamente, uniformes, roupa de cama e banho, material escolar e alimentação, além de material de higiene pessoal. Eram lecionadas as seguintes disciplinas: Português, Matemática, Geografia, Navegação, Oceanografia, Meteorologia, Sinalização Náutica, Biologia Marinha e Técnica de Pesca. Possuía uma média de 18 barcos para treinamentos. Nas dependências da Escola de Pesca foi criada uma escola para atender aos filhos dos funcionários denominada Escola João Murilo Carneiro de Oliveira que formava crianças de 1a a 5a série.
O relacionamento da Escola de Pesca com a comunidade de Tamandaré era muito intenso, porque a instituição supria as necessidades de transporte, serviço médico-odontológico, educação profissional dos jovens, emprego e pescado a baixo preço, além de permitir sua participação em eventos festivos, culturais, esportivos e religiosos promovidos pela EPT.
Em 1970, um grupo de empresários japoneses e americanos quiseram assumir a EPT por um período de 50 anos, porém o governo brasileiro rejeitou a proposta e foi anualmente diminuindo a verba que enviava para o funcionamento da EPT, até culminar com o seu fechamento em 1975.

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8 - Universidade Federal Rural de Pernambuco

      Após o encerramento das atividades da EPT até o início da década de 1980, funcionou nessas instalações, desde de 1971, o Curso de Engenharia de Pesca instituído pelo Departamento de Pesca da UFRPE, que utilizava as dependências e embarcações da EPT, para aulas práticas do Curso de Engenharia de Pesca instituído pelo Departamento de Pesca da UFRPE, que utilizava as dependências e embarcações da EPT, para aulas práticas do Curso de Engenharia de Pesca. Esta instituição não abriu vagas para os estudantes da comunidade de Tamandaré, o que causou indignação aos moradores deste Distrito. Dois setores sofreram prejuízo quanto ao acervo herdado da EPT: o Museu e a Biblioteca, pois importantes objetos deixaram de fazer parte desses setores, após o encerramento de suas atividades.

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9 - CEPENE - Centro de Pesquisa e Extensão Pesqueira do Nordeste

      Em 1989 o CEPENE passou a fazer parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Localizado numa faixa litorânea de 1200 metros, na baía de Tamandaré, o CEPENE possui uma área de 32 hectares e uma área edificada de 13.000m2.
Com projetos de pesquisas executados desde o Maranhão até a Bahia, possui uma forte atuação regional, envolvendo cerca de 150. Seu corpo técnico é formado por pesquisadores de alto nível de conhecimento, com destaque para o Museu do Programa de Pesquisa de Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva - REVIZEE. Possui ainda três barcos de pesquisas: Riobaldo, Natureza e Tamandaré.
O CEPENE sempre esteve aberto a comunidade, contribuindo na geração de empregos, fornecimento de suas instalações para eventos locais, fornecimento de gelo para pesca artesanal, quadra esportiva para treinamento e jogos para diversas escolas, além da cessão de seu auditório para funcionamento da Câmara de Vereadores, durante seu primeiro mandato legislativo, entre outros serviços prestados a essa comunidade.

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10 - Casarios

Casa de Arcos


Casario do século XIX, localizado a beira-mar da Praia de Tamandaré na Rua São José, de propriedade do Sr. Zeferino Salgado, barcaceiro que realizava viagens do Porto de Tamandaré até o Porto do Recife, e sua esposa Adalgiza Vasconcellos Salgado.
Sua fachada possui duas janelas e uma porta em verga reta, varanda em arcada composta de quatro arcos plenos.
Atualmente o imóvel encontra-se fechado (2002)

Casa do Padre José Rufino


Casario do início do século XIX, localizado a beira-mar da Praia de Tamandaré na Rua São José, ao lado da Igreja de São José, construído para servir de residência ao Padre José Rufino Gomes, funcionou como Casa Paroquial da Igreja de São José. Foi vendido a família do Sr. Nestor de Medeiros Accioly e sua esposa Maria Castanha Accioly, quando o padre adoeceu e voltou para Roma. Sua fachada possui três janelas em verga reta e porta lateral. Atualmente serve de residência ao Sr. Flavio Accioly, neto do Sr. Nestor Accioly.

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>> Fontes / Créditos <<

      As informações e fotos aqui contidas foram cedidas gentilmente pela Técnica em Turismo Marize Alonso Serpa da Silva,com base no trabalho apresentado a Escola Agrotécnica Federal dos Barreiros-PE, DDE - Dept° de Desenvolvimento Educacional - Disciplina de História Aplicada - Prof. Rinaldo Farias, durante o Curso Técnico em Turismo - Mód. III - Turma B - Entitulado: Resgate Histórico de Tamandaré, no ano de 2002.
Demais integrantes da Equipe:
Kenedy
Marcella Cristine
Manuela Vidal
Simone Helen

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