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1 - Origem do Nome
      O nome do município tem origem na língua Tupi, o vocábulo Tamoindaré (TAB - MOI - INDA - RE) significa "o repovoador". Segundo os índios Tupis Tamoindaré era um Pajé, a quem Tupã, o grande Deus dos trovões, revelara seu desígnio de exterminar os homens. Quando houve o cataclisma que inundou a Terra, o Pajé se abrigou com sua família numa arca gigantesca e lá permaneceu até cessar o dilúvio, ao baixarem as águas o Pajé foi escolhido para repovoar a região, ocupando assim o papel de Noé americano pela sua coragem e sabedoria, no misticismo dos índios Tupis.
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2 - Ocupação
      Quando os portugueses desembarcaram no Brasil encontraram no litoral, grupos indígenas do tronco Tupi. Em Pernambuco habitavam raças distintas, destacando-se no litoral os Caetés e os Tabajaras. Foram os índios Caetés os primeiros habitantes dessa região. Com o desembarque dos colonizadores portugueses e dos negros a população aumentou e cresceu socialmente, através da miscigenação entre esses povos.
Vindo de Portugal João Paes Barreto chegou em Pernambuco por volta de 1560, já possuía imóveis em Olinda e as terras mais férteis do litoral sul entre Cabo e Barreiros, ele fundou nessa propriedade dez (10) imensos engenhos que ao falecer deixou para seus oito filhos. João seu filho primogênito ficou responsável por tudo e foi considerado naquele tempo o homem mais rico de Pernambuco.
Três pontos foram considerados a base para o povoamento de Tamandaré na área urbana: a Igreja de São José, a Igreja de São Pedro e o Forte Santo Inácio de Loyola, estas áreas são denominadas Tamandaré, Campas e Campinas respectivamente.
O povoamento inicial da área de Campinas, atualmente o centro da cidade de Tamandaré, sofreu forte influência dos trabalhadores das propriedades rurais vizinhas, dos engenhos de cana-de-açúcar, sítios de cocos e dos pescadores. Esta área por ficar próxima ao Lazareto, hospital de isolamento do século XIX, possuía um número elevado de pontos comerciais. Em 1898 a soberba Campinas de Tamandaré foi visitada por uma comissão dirigida pelo General Artur Oscar, que julgou favorável a sua escolha para sediar a concentração das Forças Federais. Nesta área existem, ainda hoje, várias residências alugadas e compradas pelos funcionários de órgãos públicos federal e municipal.
Quanto a Tamandaré que fica no entorno da Igreja de São José, e a Campas que se localiza próxima a Igreja de São Pedro, nessas comunidades tiveram maior influência os pescadores, os proprietários de sítios e praias de coqueiros e seus trabalhadores, além de veranistas a partir de 1950.
A Praia dos Carneiros pertencia aos herdeiros da Viscondessa do Rio Formoso e foi este local o primeiro, em Tamandaré - distrito de Rio Formoso, a servir de arena para um cruento combate travado em 1570, antes da invasão holandesa, durante o governo do donatário da Capitania de Pernambuco Duarte Coelho, entre Luis de Melo e Silva posterior donatário do Maranhão e a esquadra de Achen. Alí foi construída no séc. XVII pelo Visconde do Rio Formoso a Igreja de São Benedito.
Posteriormente foi propriedade do Sr. José Henrique Carneiros que a deixou de herança para seus filhos e cujo sobrenome induziu a denominação da referida localidade. Na atualidade esta área é quase que exclusivamente ocupada por residências de veraneio.
Atualmente outros fatos contribuíram para o crescimento da sua população urbana, entre eles:
- criação em 1983 do CEPENE - Centro de Pesquisa e Extensão Pesqueira do Nordeste, que recebeu funcionários públicos do IBAMA e suas famílias;
- criação entre 1980 e 1990 de loteamentos populares - Estrela do Mar, Rio Formoso e COHAB - pelos governos municipal e estadual, este fato estimulou a imigração de inúmeras famílias de municípios vizinhos para esta cidade;
- Invasões no atual bairro Nova Esperança e nas proximidades do Oitizeiro.
Na área rural, o município de Tamandaré conta com um total de 35 engenhos, quatro fazendas e 61 sítios, além das áreas de assentamentos dos sem terra através da reforma agrária.
Atualmente a população deste município é estimada em torno de 17.000 habitantes (2002), no entanto durante a alta estação, sobretudo em Janeiro este número aumenta em aproximadamente 300%.
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3 - Localização
      O Município de Tamandaré está localizado na zona fitogeográfica da mata, no litoral sul de Pernambuco, a 110 Km da capital Recife, seu acesso principal é rodoviário pelas rodovias BR 101 Sul, PE 60 e PE 76. A sede do município se encontra a 8 metros acima do nível do mar e em localização privilegiada, pois todos seus limites estão sob proteção de leis ambientais. Tem como coordenadas geográficas: latitude sul 8º 41' e 8º 47' e longitude oeste 35º 05' e 35º 06', sua área corresponde a 98,9 Km2 e sua orla marítima é de aproximadamente 16 Km, totalmente aproveitável ao banho.
Seu clima é quente e úmido com chuvas no outono e inverno e verão seco. A temperatura média anual fica em torno de 24ºC e as precipitações pluviométricas ficam em torno de 2.400 mm, com média mensal superior a 300 mm, entre os meses de abril a julho.
Tamandaré é bem servida de recursos hídricos, seus rios costeiros que servem de limite ao município são: Ao norte - Rio Formoso com 12 Km de extensão, seu estuário possui uma área de 2.724 hectares, rio dos Passos e rio Ariquindá e ao sul - Rio Mamucabas de pequeno porte, sua nascente fica a 15 Km da baía de Tamandaré, sua largura máxima é de 31 m, seu estuário possui comprimento de 3.100 m e é o único rio considerado sem poluição no estado de Pernambuco e o rio Ilhetas com 14 Km de extensão, seu estuário possui uma área de 420 hectares. Os rios Ilhetas e Mamucabas são de pouca profundidade, o que dificulta sua navegação, porém os rios Formoso e Ariquindá, por possuírem maior profundidade, são propícios a navegação, podendo ser melhor explorados principalmente pelo Ecoturismo.
O Distrito de Saué fica a 40 Km de Tamandaré a oeste, suas vias de acesso são a PE 76 e PE 60 e a PE 96 que passa nesse Distrito, abriga a única Usina de Cana do Município de Tamandaré, que é proprietária da grande maioria dos imóveis ali existentes. A antiga Companhia Açucareira Santo André, que mudou de nome passando a se chamar: Santo Inácio Indústria e Comércio Ltda.
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4 - A Invasão Holandesa
      A luta pela independência é uma constante na história de Tamandaré, o município foi um dos primeiros locais do país, onde ficaram registrados movimentos em defesa da autonomia nacional contra o poder holandês. A idéia da insurreição sempre esteve presente em Tamandaré, desde o período do armistício entre Portugal e Holanda, quando os holandeses estenderam suas conquistas em Pernambuco, intencionados em controlar o litoral.
Em 1646 após rechaçar os holandeses em São Lourenço da Mata, João Fernandes Vieira chegou a Tamandaré, em fevereiro deste ano, com o propósito de fundar uma fortaleza que a princípio foi do tipo trincheira, para servir de defesa ao Porto de Tamandaré, contra os invasores holandeses e para proteger e abrigar as embarcações portuguesas. Assim foi fundada a Fortaleza de Santo Inácio de Loyola cuja construção de pedra e cal, teve início em 1680 e foi parcialmente inaugurada em 1691.
Após a chegada em 1646 de João Fernandes Vieira, Henrique Dias, Felipe Camarão, entre outros patriotas, em Tamandaré a situação ficou insustentável, forçando o Supremo Conselho a reclamar ao Governador contra a violação da trégua.
Em agosto de 1654 foi enviada a Bahia uma frota com dois regimentos, no total de 2000 homens, sob o comando dos Mestres de Campo Vidal de Negreiros e Martim Soares Moreno. Desembarcaram em Tamandaré em missão de paz, contudo os distritos vizinhos se organizaram em revolta contra as traições aos brasileiros, foram liderados por Vieira, Dias e Camarão, que apressaram o movimento após a matança a sangue frio de 40 homens, atraídos em pequenos grupos a certa igreja. Os navios de Vidal e Moreno foram queimados e sua tripulação sucumbiu, com vários homens atirados ao mar.
Na Batalha de agosto de 1654, reuniram-se na Baía de Tamandaré 1.500 rio-formosenses que reagiram com bravura aos invasores, e vibraram ao grito de DEUS É LIBERDADE, depois de alguns dias seguiram para o Reduto em Rio Formoso onde destruíram a falange inimiga.
Em setembro de 1654, um mês após a primeira batalha, os holandeses voltaram a Baía de Tamandaré, através de uma esquadra com nove navios e muitos barcos, comandada pelo Almirante Lichthardt. A esquadra holandesa contou ainda com a ajuda de dois mil burgueses sob o comando de Jacob Hamel, para enfrentar a esquadra portuguesa, cujo comandante era Jerônimo Serrão de Paiva.
Paiva dirigiu todo o combate e destruiu algumas embarcações inimigas, seus navios conseguiram se aproximar do continente, mesmo sendo perseguidos. Embora estivesse muito ferido, o comandante português destruiu duas fragatas antes de morrer e perdeu nessa batalha próximo de 100 homens. Devido a desproporção do contingente e armas, a derrota foi inevitável para as defesas nacionais, Impossibilitados de lugar, queimaram suas naus e afogaram-se em seguida. Quanto aos holandeses, ao livrarem-se dos inimigos, retornaram a Bahia.
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5 - A Guerra dos Mascates
      A expulsão dos holandeses de Pernambuco piorou a situação dos senhores de engenho, visto que ao deixarem o Brasil, os holandeses ocuparam as Antilhas no mar do Caribe e desenvolveram nesta região uma rica economia açucareira, juntamente com o Inglaterra.
Com a decadência dos senhores de engenho, a capital Olinda ficou endividada e tomou empréstimos aos ricos comer-ciantes portugueses que residiam próximo ao Porto do Recife, conhecidos como mascates, Recife prosperou e exigiu a Portugual que fosse elevada a categoria de Vila, independente de Olinda.
Em Tamandaré os proprietários rurais se dividiam entre o apoio aos mascates sob o comando de Cristóvão Paes Barreto e aos olindenses sob o comando de Cristóvão da Rocha Wanderley, ambos parentes e amigos, ignoraram seus laços estreitos e partiram para uma guerra cruenta.
Durante esta guerra destacou-se por sua altivez e coragem, o comandante da Fortaleza de Santo Inácio de Loyola, Manoel Jaime da Fonseca, que após ser demitido em 12 de julho de 1711, por ser considerado suspeito pelo governo, não se entregou a prisão e nem entregara o comando do Forte a seu sucessor Pascoal Freitas Gomes, que o denunciou, chamando-lhe de traidor e entregou-o a Camarão. Perseguido pela guarda nacional Manoel Jaime fugiu.
Após a batalha de Sibiró marcharam vitoriosas as forças de Salgado para a Fortaleza de Tamandaré, faziam parte destas forças: o Mestre de Campo Mendonça Arraes, o Coronel Duarte de Albuquerque, o Capitão Ferreira dos Anjos e o Alferes Diogo da Cunha, dentre outros.
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6 - A Revolução de 1817
      Com a invasão de Portugal pelos franceses, a Família Real Portuguesa fugiu para o Brasil, auxiliada pela Inglaterra. Por este motivo abriu os portos brasileiros para comercializarem diretamente com a Inglaterra, fato que beneficiou os comerciantes portugueses e prejudicou os fazendeiros e senhores de engenho de Pernambuco, o que agravou a situação de rivalidade existente desde a Guerra dos Mascates.
Com a seca que assolou o Nordeste em 1816, desencadeou-se a revolta. Em 06 de março de 1817 estourou a rebelião nas ruas do Recife, os revoltosos queriam criar um país livre de Portugal, esse movimento emancipacionista depôs o governador de Pernambuco Caetano Pinto de Miranda Montenegro.
Insatisfeito com a revolução, D. João VI enviou tropas do Rio de Janeiro e Bahia para combater os pernambucanos rebeldes por terra e mar. Muitos revolucionários foram presos e condenados a morte, foi então destituído o governo revolucionário que durou apenas 75 dias.
Tamandaré destacou-se nesta revolução como centro de resistência, em 08 de abril de 1817, o Ajudante de Ordens João Rego Dantas encontrou aqui reforço e no dia 24 do mesmo mês, o General N. e Silva realizou uma batalha com a divisão do Almirante Cochrane.
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7 - Guerra dos Cabanos
      Entre 1832 e 1836, ocorreu no sul de Pernambuco e norte de Alagoas a Cabanada. Revoltosos com a situação precária que viviam, escravos, índios e pobres sem terra formaram forças rebeldes, que destruíram engenhos e fazendas, enfrentados pelas forças do governo foram derrotados.
Durante esta guerra, o Forte de Tamandaré serviu de prisão para os revoltosos, que ficavam a espera de embarcações para transferi-los as penitenciárias de Fernando de Noronha ou Recife. O Forte também serviu de quartel para as tropas que vinham da capital, com o objetivo de penetrar no interior do estado e travar lutas contra os cabanos.
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8 - Dom Pedro II e o Barão de Tamandaré
      O nome de Tamandaré ficou conhecido nacionalmente, quando em dezembro de 1859, Dom Pedro II visitou as províncias do Norte, incluindo Pernambuco e no dia 13 do mesmo mês e ano, o imperador pernoitou na Fortaleza de Tamandaré. O Imperador e a Imperatriz visitaram vários sítios interessantes de Pernambuco e da Bahia, ligados a história nacional e regressaram ao Rio de Janeiro encantados com a viagem.
Comandando a esquadra imperial e a bordo da fragata "Amazonas", o Almirante gaúcho Joaquim Marques Lisboa pediu permissão ao Imperador, para fazerem curta estadia no Porto de Tamandaré, para que ele recolhesse os ossos do irmão Manuel Marques Lisboa, revolucionário da confederação do Equador, a fim de conduzi-los ao jazigo da família no Rio de Janeiro.
Embora o irmão do almirante fosse inimigo do Império, Dom Pedro II permitiu que desenterrassem os ossos e os trouxessem para bordo da fragata, concedendo ainda que os canhões dos navios fossem disparados em homenagem a um herói da liberdade. A dedicação do almirante ao irmão morto comoveu o monarca, que meses depois aproveitou para demonstrar seu reconhecimento, pelos relevantes serviços prestados a nação, concedendo-lhe o Tamandaré de nobreza de "Barão de Tamandaré".
Embora o nome "Tamandaré" tenha sido utilizado no Tamandaré oferecido ao Barão de Tamandaré por D. Pedro II, seus feitos e glórias, nada tiveram a ver com os fatos históricos e militares ocorridos em Tamandaré.
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9 - Segunda Guerra Mundial
      Considerado ponto estratégico para embarque e desembarque de contingentes, Tamandaré alojou tropas do Exército, que protegiam a costa brasileira sob o comando do General Newton Cavalcanti e que aqui permaneceram até 1945. Com o objetivo de proteger a entrada da baía de Tamandaré, várias guarnições militares estiveram neste distrito, entre 1942 e 1945, essa movimentação de tropas e viaturas, sob o comando do Coronel Fontenelle e Major Sebastião Mendes de Holanda deu vida ao povoado.
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10 - Revolução de 1964
      Após alguns meses de governo, o Presidente dos Estados Unidos do Brasil Jânio da Silva Quadros renunciou seu cargo, assumindo o vice-Presidente João Goulart e o Conselho de Ministros, que exerceram o Parlamentarismo, como forma de governo, para acalmar a crise político-militar, que se instalava no Brasil. Depois de um plebiscito em 1963 voltou a vigorar o Sistema Presidencialista no Brasil e em 1964 destituíram João Goulart.
Nos primeiros dias após a destituição do presidente João Goulart, a Escola de Pesca em Tamandaré, dividiu seu espaço com uma guarnição da polícia estadual e do Exército, servindo de depósito de armas apreendidas pelos militares entre o Cabo de Santo Agostinho e São José da Coroa Grande. Devido a tranqüilidade do município e de suas proximidades, depois de alguns meses, os militares retiravam-se de Tamandaré.
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11 - Emancipação de Tamandaré
      Tamandaré foi distrito de Rio Formoso, que foi engenho do município de Recife e fez parte em 1789 da Vila de Sirinhaém. Rio Formoso em 1833 obteve predicamento de Vila, em 1840 foi reconhecido como distrito e em 1850 tornou-se cidade.
Na divisão administrativa de 1911 se faz referência aos distritos de Rio Formoso (sede), propriedade de Una e Tamandaré. Somente na divisão administrativa de 1933 é que o município de Rio Formoso, foi desmembrado em quatro distritos: sede, Tamandaré, Cucaú e Saué (Santo André).
Após a eleição do dia 03 de setembro de 1995, o então Governador de Pernambuco Miguel Arraes sancionou a lei no 11.257 de 28 de setembro de 1995, elevando Tamandaré a categoria de cidade.
Em janeiro de 1997 foi aberta a primeira sessão da Câmara dos Vereadores de Tamandaré, em 24 de março de 1997 foi promulgada a lei orgânica do município e em 27 de dezembro de 1997 foi promulgado o código de postura do município, que defende posições avançadas nas áreas de higiene pública e preservação ambiental.
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12 - Áreas onde ocorreram Fatos Históricos
Porto de Tamandaré
Foi o maior e o melhor Porto Natural do estado, seu ancoradouro era considerado o melhor do litoral sul de Pernambuco, mesmo para os grandes navios, possuía capacidade de ancoragem para navios de 18 pés de calado, sendo abrigado de todos os ventos. Sua posição dava a Barra de Tamandaré entrada tanto pelo Norte como pelo Sul, a que sempre foi preferido. A parte do porto que era aproveitado para ancoradouro ficava a sombra dos recifes do norte, e se limitava por triângulo que tinha como vértices e ponta meridional da ilha da barra, a ponta do Trapiche e a praia ao norte do coqueiral do meio. O porto era limitado ao sul pela foz do rio mamucabinhas e pelo Norte com o extremo da ilha da barra.
O Porto de Tamandaré teve grande importância durante vários momentos da história Pernambucana, servia de ponto estratégico para trocas de mercadorias, para o desembarque de tropas durante a invasão holandesa, para carregar e descarregar produtos dos navios de comércio e para transportar açúcar dos engenhos ao Recife.
Em 27 de julho de 1645, desembarcou neste porto a esquadrilha de Jerônimo de Paiva composta de 8 navios com 800 homens sob as ordens do Mestre de Campo André Vidal de Negreiros e Martim Soares Moreno, seu objetivo aparente era chamar à obediência, do governo holandês, os revoltosos Pernambucanos, porém na realidade queriam ajudar a sacudir o jugo do domínio batavo.
Em dezembro de 1693, o Governador de Pernambuco Marquês de Monte Belo mandou averiguar as condições e a capacidade deste porto para carregar e descarregar navios de comércio. Em 27 de janeiro de 1698 segundo requerimento dos moradores da região, para melhores condições de ancoragem e um molhe para segurança das embarcações, foi expedida uma carta régia licenciando esse porto para o embarque e o desembarque das mercadorias oriundas dos navios de comércio.
Em 23 de agosto de 1814, o chefe da divisão da marinha encarregado das obras de melhoramento do porto da capital (Recife), Félix Pereira de Campos e seu ajudante o capitão-tenente Diogo Jorge de Brito, instruídos pelo Ministro da Marinha, visitaram e examinaram o porto, a fim de confeccionar uma planta que informasse as condições exatas e vantagens da execução de algumas obras pretendidas.
O Porto de Tamandaré sofreu intensa movimentação da segunda metade do século XVI até o início do século XX, principalmente de cargas de açúcar dos engenhos da Região ao porto do Recife.
No final do século XIX, com a abertura de estradas de ferro e de rodovias, através das quais era transportado o açúcar da região até o porto de Recife, o porto entrou em decadência, a partir daí perdeu sua finalidade deixando de ser ponto de convergência econômica da região. O Forte de Tamandaré, cuja existência era condicionada a defesa do porto, através da guarda costeira da Marinha, também perdeu sua importância militar para o estado de Pernambuco.
Segundo diversos historiadores, como por exemplo Pereira da Costa, cogitava-se construir uma via férrea que ligasse o Porto de Tamandaré com outros municípios pernambucanos e com o estado de Alagoas, esta projetaria promissor futuro para os dois estados, portanto nenhuma estrada levaria vantagem em relação à de Tamandaré que contribuiria com o surgimento de uma cidade próspera, porém foram desprezadas tão boas condições e a estrada de ferro não foi construída.
Ponte de Tamandaré
No Porto da baía de Tamandaré existiu uma ponte construída em madeira de lei, com formato de "T", que media 78 metros de comprimento por 7 metros de largura. Localizava-se em frente ao desinfectório do Lazareto e foi construída, no final do século XIX, para facilitar o transporte dos doentes e imigrantes em quarentena, oriundos dos navios que ancoravam no Porto de Tamandaré. Essa ponte foi demolida em meados do século XX e em seu local foi construído um cais em concreto, que serve de ancoradouro aos navios do CEPENE - IBAMA.
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>> Fontes / Créditos <<
      As informações e fotos aqui contidas foram cedidas gentilmente pela Técnica em Turismo Marize Alonso Serpa da Silva,com base no trabalho apresentado a Escola Agrotécnica Federal dos Barreiros-PE, DDE - Dept° de Desenvolvimento Educacional - Disciplina de História Aplicada - Prof. Rinaldo Farias, durante o Curso Técnico em Turismo - Mód. III - Turma B - Entitulado: Resgate Histórico de Tamandaré, no ano de 2002. Demais integrantes da Equipe: Kenedy Marcella Cristine Manuela Vidal Simone Helen
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